Sermão. Celebrando o Natal (Lucas 2.14,32)

Celebrando o Nascimento do Messias

Glória a Deus nas alturas
e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem
Lucas 2.14

Luz para a revelação aos gentios
e para a glória do teu povo de Israel
Lucas 2.32

O Evangelho de Lucas traça um roteiro dos primeiros dias de Jesus Cristo. A narrativa da história do Messias começa em Nazaré, uma cidade da Galiléia. Nesta cidade Maria recebe a visita do anjo Gabriel que lhe anuncia o nascimento do Filho de Deus. De Nazaré, o casal, José e Maria, vai para Belém, cidade da Judéia. Em Belém, Jesus nasceu e os pastores foram avisados. A milícias celestiais glorificam o nascimento do menino. Ainda em Belém a criança é circuncidada. De Belém, José, Maria e Jesus vão para Jerusalém, também na Judéia. Ele é apresentado no templo, seus pais oferecem sacrifícios e Jesus tem contato com Simeão e a profetiza Ana. Só então A família de Jesus volta para Nazaré, cumprindo todas as ordenanças ao seu respeito. O nascimento de Jesus Cristo é celebrado na bíblia com alguns elementos sobre os quais meditaremos agora.

O nascimento de Jesus Cristo celebrado com sinais que ratificam ser ele o Filho de Deus: aparecimento de anjos, manjedoura, estrelas e presentes. Algumas pessoas receberam a visita de anjos: Zacarias, Maria, José e os pastores. Os anjos disseram aos pastores que eles encontrariam Jesus em uma manjedoura e isso lhes seria por sinal. Segundo o evangelho de Mateus os magos do oriente foram guiados por uma estrela e que ao se encontrarem com o Emanuel ofertaram ouro, incenso e mirra. Esses elementos (anjos, manjedoura, estrelas e presentes) tomaram forma de símbolos em nossos dias. Nesta época do ano muitas casas recebem decorações especiais e há troca de presentes, mas não podemos esquecer que estamos comemorando o nascimento do Filho de Deus.

O nascimento de Jesus Cristo foi celebrado com louvores a Deus. Primeiro, das Milícias Celestiais: “Glória a Deus nas alturas” – reconhecendo que o mérito da salvação pertence unicamente a Deus; “paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” – declarando o efeito dessa salvação. Lucas também registra o louvor de Simão, homem justo e piedoso, onde, assim com as Milícias de Anjos, reconhece o mérito de Deus: “porque meus olhos viram a tua salvação”; e os efeitos da salvação: “Luz para a revelação aos gentios e para a glória do teu povo de Israel”.

O nascimento de Jesus Cristo foi celebrado com testemunho acerca da sua própria pessoa. Havia uma profetiza chamada Ana, viúva de oitenta e quatro anos, que chegando na hora em que Jesus estava sendo apresentado no templo testemunhou acerca da criança. Vale apena destacar que o testemunho começa com ações de graças a Deus e que se limitava a falar sobre a criança, não sobre o “Papai Noel” ou qualquer outra pessoa, e ainda, que o testemunho era dado a todos.

Hoje se discute muito sobre o uso de árvores de natal e outros símbolos natalinos, alguns vão dizer que esses elementos são de origem pagã, outros vão encontrar razões bíblicas para usá-los. Como vimos o nascimento do Messias segundo Lucas foi celebrado com sinais (que se tornaram símbolos), com louvores a Deus e com testemunho sobre a Criança. Não podemos “coar mosquitos e engolir camelos”, se, de fato louvarmos a Deus e Testemunharmos sobre o Filho de Deus, os símbolos natalinos não será problemas.

Sermão. As Promessas de Deus (Lucas 1.37)

As Promessa de Deus

Lucas 1.37: “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas

O texto de Lucas 1.26-38 é um texto narrativo. Ele descreve o encontro do anjo Gabriel com a virgem Maria. O anjo Gabriel foi enviado por Deus para anunciar a Maria que ela teria um Filho que se chamaria Jesus, Filho de Deus. Esse anúncio feito pelo anjo diz respeito à promessa de salvação feita por Deus ao seu povo. Sendo indagado pela jovem Maria como isso aconteceria, pois ela ainda não tinha tido relação com homem algum, o anjo afirma que “para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).

As promessas de Deus são bênçãos prometidas pelo próprio. Não podemos ver as promessas de Deus de igual forma como vemos as promessas de homens, pois as promessas que fazemos não dependem apenas de nós, e mesmo que dependesse apenas de nós ainda assim poderíamos mudar de idéia. Mas as promessas de Deus para serem cumpridas dependem unicamente dele mesmo, pois Ele tem todo o poder necessário para cumpri-las, e ainda, Deus não muda de opinião. Deus quer e não mede esforços para cumprir suas promessas, “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).

As promessas a que o anjo se refere diz respeito as promessas de salvação. O nascimento de Jesus Cristo é o cumprimento da promessa que Deus fez logo após o pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Essa promessa está registrada no livro de Gênesis 3,15: “Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Simão ao ver a criança disse: “os meus olhos já virão a tua salvação”, Maria declarou: “a minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador”. O nascimento de Jesus Cristo é o cumprimento das promessas salvadoras de Deus.

Deus agiu e continua agindo em favor do cumprimento das suas promessas de salvação. Aquilo que era impossível para os homens, Deus fez para garantir o nascimento de Jesus Cristo. Deus preservou o povo pelo qual nasceria o Messias prometido. Na história do povo de Deus relatada na bíblia, veremos varias intervenções extraordinárias de Deus, a gravidez de Sara que era estéril e idosa, a travessia do mar vermelho, a destruição das muralhas de Jericó. Quando o autor da carta aos Hebreus relata os feitos de fé dos antigos ele diz que não teria tempo para relatar todos esses acontecimentos. Esses feitos mostram como Deus agiu na preservação de suas promessas de salvação.

Se hoje estamos falando sobre as promessas de salvação é porque Deus continua agindo em favor do seu povo. Ele prometeu, ele salvou e pela pregação da sua Palavra está arrebanhando os filhos da promessa. “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).